quarta-feira, 14 de abril de 2010

Compartilhando leitura …

Desta vez, vou dividir com vocês, passagens do Livro “Mansão dos Jovens”, de Antonio Demarchi, escritor espiritualista brasileiro, pelo espírito de Irmão Virgílio. Quando li esta obra, transcrevi um trecho muito interessante que traz uma reflexão sobre nossos jovens e o papel dos pais na formação de seus filhos. Vale a pena conferir.

Páginas 222 e 223:

“Meu Querido Virgílio, não se esqueça de mencionar em suas anotações, para que as  consciências sejam despertadas para esta tragédia que assola a juventude em nossos dias. Quem são os maiores responsáveis? As autoridades que ainda vacilam em atitudes profundas e sérias? Os pais que abdicam do amor e da educação de seus filhos? A sociedade que de um modo geral se tornou excessivamente permissiva? Na verdade, Virgílio, todos somos responsáveis, mas maior responsabilidade é do pai que negligencia na educação e na formação moral de seus filhos. Enquanto não houver um estado de consciência sadia de que educar não significa tolher o livre-arbítrio, nem podar a iniciativa de nossos filhos, estaremos como um pêndulo, na maioria das vezes dando liberdade demais a quem ainda não tem condições de tomar decisões, ora nos omitindo, o que é mais fácil, ora endossando atitudes reprováveis de nossos filhos, fazendo vistas grossas para atitudes graves, ora não tomando conhecimento nem acompanhando de perto sobre o que acontece no mundo que eles estão descobrindo, envolvendo sexo, drogas e as companhias. A boa formação começa desde a gestação e prossegue vida afora. Não podemos nos esquecer que na infância a criança assimila os exemplos que observa a seu redor, particularmente dos pais e do círculo em que se situa. Como pais, não podemos em nenhuma hipótese negligenciar tamanha responsabilidade. Não adianta dar o corretivo aos filhos que já se encontram na fase da puberdade, pois aí praticamente já incorporou a sua personalidade, que traz como bagagem de espírito eterno pelos exemplos que catalisou, dando forma à sua nova personalidade. Devemos ter em mente que aMansão dos Jovens criança é como uma planta tenra e frágil: necessita de adubo e ser regado, com amor e carinho, mas à medida que seus galhos crescem desordenados, o bom jardineiro efetua a poda no momento propício. A planta cresce forte e saudável, dando belas flores e bons frutos. Assim deveria ser também a educação de nossos filhos. Devemos obrigatoriamente dar amor, atenção e carinho, mas, no momento certo, devemos podar as tendências negativas que afloram, à medida que crescem, sempre com amor, mas acima de tudo com a autoridade que nos foi confiada pelo Pai Maior! Não podemos esquecer que nossos filhos, com raras exceções, são espíritos necessitados de aprendizado, que vêm até nós solicitando nosso amparo e auxílio. Nossa missão é educá-los e não deixá-los seguirem ao léu, livremente dando vazão aos seus instintos com nossa conivência. Os jovens de hoje são o reflexo da educação que receberam, de um período de inversão de valores, de deterioração de costumes, mas, apesar de tudo, vemos que ainda existem bons exemplos a serem seguidos, como a juventude que busca a alegria em Cristo, independentemente do credo religioso. Muitos rirão dizendo: são carolas, beatos, estão por fora, são quadrados. Apenas lamentamos que muitos jovens “avançados”, “por dentro do lance”, “da hora”, cedo acabarão descobrindo na via crucis da dor o terrível engano a que se submeteram, por abandono da educação paterna; todo o princípio vem do seio do lar, que deveria ser o ambiente sagrado do recolhimento familiar e, muitas vezes, torna-se palco das batalhas pessoas do egocentrismo exacerbado”.

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