terça-feira, 3 de maio de 2011

Compartilhando leitura…

Do livro: Fundação “Emmanuel”, de Carlos A. Baccelli, pelo espírito do Dr. Inácio Ferreira, reparto alguns trechos de uma prazeirosa leitura, que muito está contribuindo na minha caminhada e espero que contribua com a de todos vocês que acompanham o blog.

Pág. 10: (...) Os que morrem, mas não se libertam, continuam se achando proprietários dos bens que deixaram: casas, fazendas, automóveis, contas bancárias... Não é fácil o desapego! – Não é fácil, porque quase ninguém se preocupa em exercitá-lo; vive-se, na Terra, a cultura do consumismo... Os bens materiais, inclusive o corpo físico, são, quase sempre, os únicos valores que o homem aprende a cultivar: são o seu único ponto de referência... É natural que, vivendo debaixo de semelhante sugestão, por 60, 70 ou mais anos, não se descondicione facilmente. Por este motivo, carecemos de insistir para que o homem adota a cultura do espírito, sem o que, infelizmente, a Reencarnação permanecerá para ele um círculo vicioso.”

Página 11-12: “(...) A desencarnação é um processo de transição que, por vezes, acontece de maneira violenta. Quem, por exemplo, comete o suicídio ou, então, é assassinado, é lançado numa espécie de turbilhão, dentro do qual não consegue se localizar com presteza, a não ser que, pelas circunstâncias de seu desenlace, se faça merecedor da imediata assistência dos que por ele se interessam.”

Página 28-29: “(...) o nosso relacionamento com as pessoas, encarnadas ou não, é uma questão de reciprocidade. O Cristo foi tentado, mas não atingido... O lírio que desabrocha no charco se mantém imáculo. O rio, contornando obstáculos, caminha, indiferente, na direção do mar. A semente supera a cova obscura e desabrocha, atraída pelo magnetismo solar. Quem direciona o pensamento para o Alto, se não pode evitar os apuros da retaguarda, não se detém na marcha em que segue, determinado. (...) através da prática sistemática do Bem, poderemos nos defender do Mal – tanto no interior, quanto do exterior. É a caridade que nos educa, pois, à medida que persistimos, modificamos, em nós, hábitos e tendências.”

Página 122: “- O conhecimento espírita nos cumula de deveres e não de privilégios. Não nos equivoquemos.” Certa vez, ouvi Chico Xavier responder ao repórter de um periódico doutrinário que o enaltecia na condição de missionário: “A missão do capim é alimentar o boi...” Segundo estamos informados, a maioria dos grandes pioneiros do Espiritismo na Terra está se preparando para regressar às lides no corpo perecível – muitos deles, na ânsia de não perder tempo, já se encontram reencarnados. Após o desenlace físico, constatando melhor a extensão da luta em que todos estamos engajados, não se sentiram no direito de permanecer à distância do campo de batalha e optaram pelo retorno quase imediato à fonte de combate; e os que ainda não se corporificaram, qual acontece a nós outros, recém-egressos das trincheiras de resistência, prosseguimos ombreando com eles, porque, conforme sabemos, Deste Outro Lado a refrega não se interrompe, onde, por vezes, se mostra tão ou mais encarniçada. Enganam-se os que supõem no Cristo um general de campanha, elaborando estratégias para os seus comandados, inacessível à artilharia dos adversários... O Senhor não se omite e provou-nos que não teme o sacrifício, quando, sozinho, caindo em poder de forças contrárias, foi imolado na cruz. Sem, é claro, que O possamos ver, combatamos convictos de que é Ele quem nos sustenta, e a vitória do Bem, embora pareça tardar, é iminente. O ódio cederá lugar ao amor e as trevas terminarão por se render à luz! Não nos passe pela cabeça a idéia de que possa se r diferente... Quando, meus amigos, faço referência aos nossos opositores, é evidente que, em particular, me reporto aos que, há séculos, trazemos em nós e não propriamente aos que se confrontam conosco no campo da luta exterior: o homem não é inimigo do homem!... Os nossos adversários reais chamam-se egoísmo e orgulho, ambição e prepotência, invigilância e insensatez, fanatismo e preconceito, a se traduzirem em um único que, nestes todos e noutros mais se transfigura: a ignorância! E tal inimigo, que se assemelha a um ciclópico monstro da Mitologia, só será vencido através do Conhecimento, que se traduz por um processo de reeducação do ser, ou seja, por uma profunda modificação de hábitos. “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” – enfatizou Aquele que, se não aceitou ser considerado bom pelos Apóstolos, não se furtou à condição de Mestre!...”

Página 133: “ O Evangelho de Jesus é o alicerce e a cúpula do edifício doutrinário, o começo e o fim de nossas mais sublimes aspirações.”

Página 260: “O corpo é o filtro do espírito que, de vida em vida, vai se depurando. Um dia, sem nunca ter morrido, não morreremos jamais.”

Página 304-305: “(...) é na dor que o espírito se inspira e se supera, quando, evidentemente, não cede às sugestões de revolta e não descamba para a descrença... Uma peça qualquer que estivesse fora de lugar na minha vida alteraria, de modo significativo, o rumo que ela deveria ter tomado! Portanto, meus irmãos, não nos queixamos das dificuldades, nas quais a Sabedoria do Criador opera a nova renovação. Abençoemos, sempre, as nossas provas, por mais árduas sejam! Como no-lo afirma o Apóstolo, “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus...” Sigamos adiante.”

Página 305-306-307: “ – Senhor Jesus, Mestre Amado, eis-nos aqui reunidos em torno do Teu nome, agradecidos à Tua bondade e ao Teu amor por todas as bênçãos imerecidas que proporcionas à nossa indi gência espiritual de milênios ... Não nos consintas mais o retrocesso e nem nos deixes enveredar pelos atalhos em que nos distanciamos de Tua luz! Embora as imperfeições que ainda nos caracterizam e, tantas vezes, nos fazem sucumbir na caminhada, não nos permitas incorrer no agravamento de nossos débitos, desertando dos deveres que nos cabem cumprir junto aos nossos irmãos em Humanidade. Que a ingratidão dos homens que, um dia, Te fizemos sentir, na taça de fel que sorveste à derradeira gota, enquanto agonizavas na cruz, não nos desencoraje na vivência dos Teus santos postulados... Que não esperemos colher o que não tenhamos semeado, à custa do suor que vertemos em prol do Ideal que nos enobrece a vida e nos torna dignos do Teu amor para sempre! Mestre, compadece-te das chagas à mostra de nossa invigilância e insensatez, tão diferentes daquelas que nossos desatinos Te impuseram no passado, ignorando que os cravos com que as Tuas mãos e pés foram traspassados, se alojariam em nossa consciência culpada... Perdoe-nos, Senhor , e que nossa debilidade moral não nos leve a esmorecer diante do serviço que nos espera a colaboração. Ainda que nada possamos – e, efetivamente, nada podemos –, que, pelo menos , nos seja dado executar o trabalho que um simples verme executa nas entranhas do solo... Não nos alijes do conceito dos ínfimos seres da Criação Divina, dos quais fazemos parte, que, consciente ou inconscientemente, Te desejam louvar! E, ainda que a tentação nos submeta e as trevas se adensem à nossa volta e, temporariamente, nos façamos instrumentos do mal, a conspirar contra Ti, resgata-nos o espírito, Senhor, por misericórdia, dos escuros abismos em que nos projetamos e nos quais, infelizmente, nos comprazemos no culto ao prazer e à ilusão que passam...”